O município de São Filipe, cuja cidade com o mesmo nome, é a sua sede e capital da Ilha do Fogo. É a principal e a única porta de entrada e saída devido a localização, no seu território municipal, das infraestruturas aeroportuárias. Mas não é só, por isso, que tem uma relevância a nível da ilha. O município de São Filipe, ocupa mais de três quartos da superfície de toda a ilha. Dos 476 quilómetros quadrados da ilha, São Filipe (município) ocupa uma área de 391 Km2, correspondente a 9% da área total de Cabo Verde.
O município de São Filipe tem apenas 30 anos (finais de 1991). Nasceu na sequência da “desagregação” do então Concelho do Fogo, dando origem a três municípios, Mosteiros (1991/92) e Santa Catarina (2005). De 1992 a 2005, o seu território era maior, porque integrava também a freguesia de Santa Catarina, hoje município com o mesmo nome.
A cidade de São Filipe, a sede do município, é o núcleo populacional mais antigo da ilha e o segundo de Cabo Verde, depois da Ribeira Grande de Santiago “Cidade Velha”, tendo conquistado estatuto de Cidade a 12 de Julho de 1922.
São Filipe era, até bem pouco tempo um município eminentemente rural com mais de 70% da sua população a viver no campo, dependendo da agricultura (sequeiro e ultimamente de regadio com recurso a gota-gota), pecuária e dos trabalhos públicos, mas os últimos dados do INE indicam que apenas 51,1% da sua população continua a residir no meio rural. Uma parte significativa da sua gente encontra-se emigrada, sobretudo nos Estados Unidos da América, Portugal e Angola, contribuindo com remessas, quer em divisas como em espécies, para o seu desenvolvimento. Ultimamente, tem-se registado um frenesim de construção, sobretudo de emigrantes que estão a investir na construção das habitações, mas também de outros tipos de empreendimentos.
A população residente é de 20.927 habitantes. A população de São Filipe e da ilha, no seu todo, com base nos dados dos últimos trinta anos, apresenta uma tendência para um crescimento lento, mas continuado. Mas dados mais recentes, apontam para uma redução da população até 2030, se a tendência e a dinâmica mantiverem, segundo os dados provisórios do último recenseamento geral da população e habitação, realizado em 2021.
A razão de fundo prende-se com a migração para outros polos de desenvolvimento como Sal, Boavista, Santiago, mas também com a emigração, sobretudo para os Estados Unidos da América. A aposta da actual equipa camarária na instalação do ensino superior na ilha, visa também combater o “êxodo” para outras ilhas, nomeadamente Santiago, fixando assim, na ilha os seus quadros, contribuindo para o seu próprio desenvolvimento.
De entre as actividades económicas mais importantes, destaca-se a agricultura, incluindo silvicultura e pecuária, que ocupa 38,6% da sua população. No entanto, São Filipe dispõe de grandes potencialidades turísticas consubstanciadas na existência de um conjunto arquitectónico dos seus sobrados, sua história, cultura, praias de areia negra. As festas das bandeiras que constituem um dos maiores atrativos, a sua paisagem natural com vários miradouros e trilhos, sem contar com o vulcão, que apesar de fisicamente estar localizado no município de Santa Catarina do Fogo constitui um património de toda a ilha do Fogo, constituem potencial turístico da Ilha.
Para melhor aproveitamento das potencialidades é necessário a valorização das oportunidades turísticas e aumentar o rendimento da população local e a proteção e conservação dos recursos ambientais, que estão na base da atração dos turistas, através de resolução dos constrangimentos ainda existentes, como a questão dos transportes, aéreos e marítimos, de e para a ilha, o saneamento do meio, melhoria de algumas vias rodoviárias, mais e melhores unidades turísticas, melhoria nos atendimentos, fomento de indústrias, sobretudo de transformação dos produtos agropecuários.
A população residente, segundo dados do censo de 2021, é de 20.927 habitantes, representando 62,0 por cento (%) da população residente da ilha do Fogo e 4,3% da população de Cabo Verde. Pouco mais de metade, 50,3% da população residente é do sexo masculino e 49,7% do sexo feminino, 51,3% da sua população vive no meio rural e 48,7% no meio urbano, deixando assim de ser considerado um município eminentemente rural como era no passado recente, altura em que 70% da sua população vivia no meio rural.
Em termos de evolução populacional, depois de um crescimento entre 1980 (19.851 habitantes) e 2000 (23.127 habitantes) registou-se uma perda da população e em 2021 o município contava com 20.927 pessoas.
No sector de educação, os últimos dados estatísticos apontam para uma taxa de alfabetização na população com mais de 15 anos, de 82,5%, sendo que a taxa é maior no sexo masculino (91,3%) e menor no sexo feminino (74,1%). A taxa de alfabetização dos jovens na faixa etária dos 15 a 24 anos, é de 93,3%, sendo maior no sexo masculino (99,2%) e menor no sexo feminino (97,2%).
No que se refere ao nível de instrução, os dados do Instituto Nacional de Estatísticas indicam que 3,4% frequentam pré-escolar, 49,4% o ensino básico obrigatório, 40,8% secundário, 3,5% o ensino superior, 1,6% o ensino médio e 1,2% alfabetização. O número médio de anos de estudos é de 7,1.
Já a taxa de ocupação da população com idade igual ou superior a 15 anos é de 33,3% e a taxa de desemprego é de 4,1%. Mais de 70 por cento (70,8%) da população está no emprego informal. Já a taxa de desemprego jovem (15 – 24 anos) é de 13,9%.
A população residente está distribuída por 5.965 agregados familiares, sendo que o tamanho médio dos agregados segundo o sexo do representante é de 3,7% (feminino), 3,3% (masculino) e de 3,5% (ambos os sexos).
Quanto às condições de vida, os dados de INE indicam que 84,7% dos agregados têm acesso à eletricidade, 85,0 dos alojamentos familiares tem casos de banho, 79,9% tem acesso à água canalizada da rede pública, 64,8% usam gás para cozinhar, 73,7% usam contentores para evacuação do lixo e 31,6% usam lenha para cozinhar.
No que se refere ao acesso às tecnologias de informação e comunicação, os dados indicam que 77,2% dos agregados dispõe de internet nos seus alojamentos, 66,8% possui televisão, 24,9% um computador (incluindo tablet), 29,9% televisão por assinatura e 12,9% telefone fixo.
São Filipe, sede do município, localiza-se na freguesia da Nossa Senhora da Conceição, oeste da ilha. É a capital da ilha, o núcleo populacional mais antigo e mais importante, onde se encontra um conjunto de equipamentos utilizados por pessoas de outros municípios da ilha, Mosteiros e Santa Catarina, e inclusive da vizinha ilha Brava, possuindo um importante papel comercial para a região.
São Filipe desenvolveu-se entre duas ribeiras, a de São João (sul) e Trindade (norte) que constituíram os seus limites naturais. Só no final do século XX ultrapassou estes acidentes naturais para expandir, quer em direção ao norte como ao sul. A oeste é limitada pelo mar que constitui uma presença paisagística constante. À frente divisa-se a ilha Brava e um pouco mais a norte, os Ilhéus Rombos.
2022
A primeira fase do Aterro Controlado Intermunicipal, foi inaugurada no dia 11 de julho de 2022, pelo Ministro da Agricultura e Ambiente, Dr. Gilberto Silva e pelo PCMSF, Eng.º Nuias Silva, comportando a vedação de espaço do aterro, a construção da casa de controlo e estrada de acesso, com mais de 600 metros incluindo a construção de uma passagem hidráulica (ph). Além da desativação da Lixeira Municipal de São Filipe, prevê-se também a melhoria do troço de estrada entre o Hospital Regional e da praia balnear de Nossa Senhora da Encarnação e a retirada e cobertura do lixo, entre outros. A construção do Aterro Intermunicipal Controlado do Fogo irá servir os três municípios da ilha, está localizado a sul do perímetro irrigado de Monte Genebra, no município de São Filipe, e contou com o cofinanciamento do Governo, através do protocolo celebrado entre Associação dos Municípios do Fogo e da Brava e a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS)/Fundo do Ambiente, e representa um investimento de 40 mil contos. Esta infraestrutura foi desenhada para receber os resíduos sólidos urbanos dos três municípios para um período de 10 a 15 anos. O aterro controlado intermunicipal ocupa uma área de quatro mil metros quadrados e com possibilidade de extensão para seis e mesmo para a sua duplicação.
2016
A Central Única do Fogo foi inaugurada no dia 15 de janeiro de 2016, por Sua Excelência, Sr. Primeiro Ministro, Dr. José Maria Neves, a terceira no país, com um investimento de 5,8 milhões de euros para reforçar a capacidade de distribuição de energia na ilha. A Central Única do Fogo, situada no concelho de São Filipe, o maior centro urbano da ilha, foi construída de raiz, no âmbito do Projeto de Reforço dos Sistemas de Produção, do Transporte e Distribuição de Energia, implementado pelo Ministério do Turismo, Investimento de Desenvolvimento Empresarial. Esta Central dota a ilha de novos equipamentos, entre os quais dois novos grupos eletrogéneos, que totalizam 3.200 KW de potência e que vem acrescentar aos 2.600 KW de potência de outros dois grupos eletrogéneos existentes no concelho, totalizando 5.800 kilowatts de potência.
2016
O hospital regional Fogo/Brava batizado com o nome de São Francisco de Assis, o mesmo do centro sociosanitário construído no início dos anos 2000 pelos Capuchinhos e que mais tarde foi cedido ao Governo de Cabo Verde para a sua ampliação e transformação num hospital regional de referência. Aquando da sua inauguração estava devidamente equipado.
2015
Na sequência da publicação da Lei n.º 77/VII/2010, de 23 de agosto, que estabelece o regime de designação e determinação das categorias das povoações, representações à Assembleia Nacional ou ao Governo, tem sido feitas quer pelas populações quer pelos órgãos deliberativos e executivos municipais, propostas no sentido de elevação de povoações previamente identificadas e integrantes da respetiva área de jurisdição à categoria de vila. A comunidade de Ponta Verde, situado a pouco mais de 10 quilómetros a norte da cidade de São Filipe, dispunha, na altura, de 627 eleitores, Posto Sanitário, Centro de Extensão Rural, Pólo do Ensino Básico Integrado, um dos mais moderno Liceu de Cabo Verde (Escola Secundária Pedro Verona Pires), Jardim-de-infância, Centro de Formação Profissional, Igrejas, Célula de Polícia Nacional, Campo de Futebol em construção, meios de comunicação, serviços de abastecimento de água e energia, estabelecimentos comerciais, de entre outras. Com a aprovação por unanimidade da proposta de elevação de Ponta Verde à categoria de vila, o documento foi encaminhado ao MAHOT e foi homologado e publicado, em conformidade com o Decreto-lei n.º 47/2015 de 21 de Setembro.
2015
A comunidade de Patim está localizada a menos de 10 quilómetros a sul da cidade de São Filipe, conta com 440 eleitores na altura, meios de comunicação que a ligam a outras localidades, serviços de telecomunicações, estabelecimento de ensino, Delegação Municipal, infraestruturas religiosas, Centro de Extensão Rural, estabelecimentos comerciais, serviço de abastecimento de água e energia, unidade sanitária de base, placa desportiva, campo de futebol, arruamentos. Com a aprovação por unanimidade da proposta de elevação de Patim à categoria de vila, o documento foi encaminhado ao MAHOT e foi homologado e publicado, em conformidade com o Decreto-lei n.º 47/2015 de 21 de setembro.
2014
Inaugurada a escola secundária Pedro Verona Pires (Ponta Verde) pelos primeiros-ministros do Luxemburgo e de Cabo Verde Xavier Bettel e José Maria Neves.
2014
Inauguração da 1ª fase da asfaltagem do anel rodoviário do Fogo, numa extensão de 31 quilómetros de asfalto, nos troços Xaguate/Campanas de Baixo (21 KM) e Congresso/Patim (cerca de 10 KM), por Sua Excelência, Sr. Primeiro Ministro, Dr. José Maria Neves.
2010
Cerimónia presidida por Sua Excelência, Sr. Primeiro Ministro, Dr. José Maria Neves e pelo Secretário de Estado de Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho. A construção foi financiada pelo Governo Português, através do Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e pelo Governo de Cabo Verde.
2010
No que se refere a sua população, há um notório crescimento demográfico da cidade de São Filipe nas últimas três décadas, de longe superior à taxa de crescimento natural, o que se deve ao fenómeno das migrações internas (êxodo rural) e entre 1970 e 2000, a população mais do que quintuplicou, mas há uma tendência para perda da população devido a migração para ilhas como Santiago, Sal e Boavista, e emigração para Estados Unidos, e dados estatísticos de 2010 apontam para uma diminuição de menos 0,4% da sua população.
2009
A Adega Maria Chaves é uma unidade industrial localizada em Monte Barro, Concelho de São Filipe, ilha do Fogo e foi criada em 2009 com o propósito de servir todos os produtores de vinho da ilha em referência. A unidade tem uma capacidade de produção de cerca de um milhão de garrafas/ano e é dotada da mais alta tecnologia italiana de produção e controlo de vinho e tem implementado o sistema de controlo da qualidade da produção. Em 2018 dois dos seus vinhos, O Pico do Fogo e Santa Luzia ganharam medalhas de ouro em concurso internacional no Vale d’Aosta em Itália.
1997
O aeródromo de São Filipe é a quinta infraestrutura aeroportuária mais utilizado de Cabo Verde. Está localizada na ilha do Fogo e a aproximadamente 2 km a sudeste da cidade de São Filipe. É usado apenas para voos domésticos. O aeródromo foi concluído em 1997, substituindo um aeródromo de menor dimensão no mesmo local, e que servia toda a ilha. A sua pista mede 1.350 metros por 30 metros de largura. A carga máxima de roda única é de 20 toneladas.
1993
Inaugurada a primeira escola secundária construída de raiz na ilha do Fogo que mais tarde, em 28 de setembro de 2005, foi batizada com o nome de Dr. Teixeira de Sousa, em homenagem ao escritor e médico foguense. Desde o início da sua construção revelou-se insuficiente para a demanda e em 1999 foi construído o chamado anexo do Meio. Porém, antes da construção do edifício, o liceu começou a funcionar no ano de 1990 no espaço conhecido como anexo à oficina Central.
1991
O município de São Filipe tem apenas 31 anos (finais de 1991 a 2022). Nasceu na sequência da “desagregação” do então Concelho do Fogo, dando origem a três municípios, Mosteiros (1991/92) e Santa Catarina (2005). De 1992 a 2005, o seu território era maior, porque integrava também a freguesia de Santa Catarina, hoje município com o mesmo nome.
1968
Porto de Vale dos Cavaleiros inaugurado em 1968, depois destruído em 1977, reconstrução na década de 90 do século passado e ampliado na primeira década do século XXI, sendo inaugurado o novo Porto de Vale dos Cavaleiros em março de 2014.
1948
A Maternidade foi construída entre 1948 e 1951, por decisão do Delegado de Saúde de então, médico e escritor Henrique Teixeira de Sousa e pelo administrador do concelho, Luís Silva Rendall. A maternidade foi inaugurada em 1951 pelo Governador de Cabo Verde, o major e médico Carlos Alberto Alves Roçadas. O hospital só entrou em funcionamento depois de 10 anos. Na época de crise nos anos de 1940, serviu como asilo de numerosos famintos do interior da Ilha do Fogo.
1936
Atual Praça de Presídio foi mandada a construir pelo administrador do Concelho Luís Silva Rendall. Anteriormente e até 1940, o lugar era extensão da praça militar (presídio), onde as tropas se aquartelavam. O Forte de São Sebastião, como se chamava, foi construído, juntamente com o Fortim D. Joaquina Carlota em defesa dos piratas, em 1667 pelo Capitão-mor, Christovam de Gouveia Miranda. O Presídio construído na década era de formato triangular e pavimentado em pedra, com bancos e dispunha de iluminação. Com uma superfície de mil e 470 metros quadrados foi ampliada em 2006 tendo sido a calçada substituída por piso com cimentação. No centro existe uma fonte de água (repuxo) e um busto dedicado ao governador Serpa Pinto (1894 – 1897) e foi colocado em homenagem ao trabalho de canalização de água de Aguadinha (nascente na Serra) para o depósito de Aguadinha (Cidade São Filipe).
1922
Foi elevada à categoria de cidade em 12 de Julho de 1922, sendo que o diploma legal número 2 de 12 de Julho, publicado no Boletim Oficial número 28 de 1922, aprovado pelo Conselho Legislativo Colonial, aponta um conjunto de razões para a sua elevação à categoria de Cidade, nomeadamente o facto de a Vila ter sido contemplada nos últimos tempos com algumas obras, isto depois de ter jazido, longos anos, no mais censurável esquecimento.
1917
Sete jovens: Aníbal Henriques, Alberto Gomes Barbosa, António Henriques, João de Sousa Macedo, José Emílio Leite, Manuel Ribeiro de Almeida e Pedro Gomes Barbosa que resolveram enfrentar a lenda que dizia que a bandeira de São Filipe se encontrava enterrada na Igreja. Aníbal Henriques, na qualidade de cavaleiro daqueles tempos, uniu-se a mais seis cavaleiros e decididamente resolveram tomar a bandeira, isto é, resolveram desenterrá-la. Corria o ano de 1917, quando ele veio de Lisboa, onde tinha acabado de tirar o seu curso comercial. Segundo a referida lenda, quem tomasse a bandeira, morreria. Anibal disse: Se é verdade o que diz a lenda, seremos sete homens a morrer; e escolheu logo o nome para o grupo - “SETE ESTRELO”. Foi assim que o grupo resolveu enfrentar as prescrições da lenda. E tomou a bandeira no dia 1 de Maio, dia das Festas de S. Filipe e dia do achamento da ilha que inicialmente se chamava Ilha de S. Filipe (com as sucessivas erupções vulcânicas, a ilha passa a chamar-se, já pelos primeiros povoadores, ilha do Fogo). Uma coisa, porém, é certa: de 1917 para cá a bandeira não mais foi enterrada. Há sempre alguém que se prontifica para erguer ao alto a bandeira, sempre que esta estiver na iminência de ser enterrada na Igreja Matriz.
1845
Construído depois de 1845, pela família Monteiro, já que antes os defuntos eram sepultados dentro e/ou nos átrios das Igrejas, uma prática que foi proibida em 1845. Assim, Francisco José Sacramento Monteiro, mandou construir um pequeno cerco sobranceiro ao mar para enterrar os mortos da família. Único cemitério privado de toda a Costa Ocidental Africana. A campa do lado de fora é de Leonarda Barbosa Monteiro, que faleceu aos 68 anos, casada com Tadeu José do Sacramento Monteiro, que segundo os dados terá falecido a 07 de Março de 1893. Relacionada com rdts localização há várias teses e comentários. A sepultura mais antiga deste cemitério é de 1853, o que leva a crer que a sua construção foi concluída em 1849. No livro de óbitos se lê que a 14 de Setembro de 1850 o bispo de Cabo Verde declarou que nos registos de óbitos fosse dito “sepultado no cemitério público desta cidade”. Ainda hoje é conhecido como cemitério dos brancos, talvez por causa das pedras de mármore, um quarto das campas do cemitério era de mármore branco, ou porque, era para as pessoas com mais posse, embora nascida em Cabo Verde. Enigmas relacionadas com o cemitério de baixo - todas as campas estão viradas para a porta de entrada porque o enterro era assim, mas há uma campa que esta direccionada para a igreja, a de Monteiro de Macedo, a campa do Padre Ambrósio Fonseca , que faleceu em 1923 está virada ao contrário.
1667
O Fortim Carlota Joaquina foi mandado construir a partir de 1667 pelo Capitão-mor Christovam de Gouveia Miranda, em homenagem à rainha D. Carlota Joaquina, esposa de D. João VI, Rei de Portugal. Gouveia Miranda, nomeado em 29 de Setembro de 1667 por um período de três anos, veio substituir o capitão-mor, Ornelas. Mandou construir os dois fortes de São Filipe: Fortim Carlota e São Sebastião (presídio) em defesa dos piratas. Nas proximidades do Fortim Carlota existem peças de artilharia pesada (canhões) que demonstravam que serviu como ponto de defesa da Vila dos ataques dos corsários. Em 1764 o capitão-mor Marcelino José Jorge Henriques, informa no seu relatório que as fortalezas estavam em mau estado, sem segurança, com falta de armas e peças e o forte São Sebastião arruinado. Em 1870 funcionou como posto aduaneiro, alfândega, mais tarde Botica (hospital), posto policial (depois de 1975) e Cadeia Civil (até 2004). No tempo da crise (1940), o administrador Miliciano utilizou como albergue para acolher crianças órfãs e abandonadas. Atualmente nas suas instalações existe um farol para navegação marítima.
1572
Por volta de 1572, São Filipe tinha cerca de 200 fogos, e São Lourenço à volta de 90 fogos, sendo que em cada um dos fogos ou agregado familiar podiam existir em média 9 pessoas.
1500
A primeira de que há notícia.
1462
São Filipe, capital da ilha, constitui o aglomerado populacional mais antigo de Cabo Verde depois da Ribeira Grande, actual Cidade Velha na ilha de Santiago. A sua fundação e povoamento ocorreram um quarto de século após o descobrimento de Cabo Verde pelos Portugueses em 1460/62, e ter-se-ia verificado ainda antes de 1493, pois a relação de entrega de alguns objectos de culto divino a essa ilha assim deixa pressupor.
Rua 4 de Setembro C.P. 19
São Filipe, Cabo Verde