Serra

A mais imponente Maravilha Natural da Ilha do Fogo e de todo o Cabo Verde, mesmo se comparada com o vulcão ao qual deu origem. Há milhões de anos, a caldeira original da ilha do Fogo, abateu-se dando assim origem a uma cratera de 9km de diâmetro delimitada por um paredão em forma de ferradura cujo ponto mais elevado se ergue a 2700 metros de altitude, tornando-se a segunda maior elevação de Cabo Verde. Parte importantíssima do Parque Natural da Ilha do Fogo é, sobretudo, na Serra aonde se encontram as principais espécies endémicas, animais e vegetais.
Mas, para além de ser um santuário ecológico, a Serra é um extraordinário miradouro natural, donde se divisam as ilhas de Santiago, Brava, Maio e São Nicolau. De mais nenhum outro lugar de Cabo Verde se pode ter este privilégio ao qual se associam o nascer e o por-do-sol numa perspectiva que parece encontrarmo-nos a flutuar ou no espaço, fora da Terra. Finalmente, de São Filipe ou das zonas do litoral oeste da ilha, é possível, ainda, observar-se diariamente o espectaculo único da Serra tingindo-se das cores que marcam o final do dia: por vezes um vermelho intenso, outras vezes um brilhante doirado, ou, noutras ocasiões um plúmbeo azul.

Praia de N. Sra. de Encarnação – Fonte Bila

A dois quilómetros, aproximadamente, a sudoeste da Cidade de São Filipe, encontra-se um areal negro de rara beleza que fascina e envolve qualquer visitante não só pela tranquilidade que ali se respira mas, sobretudo, pela comunhão íntima com a natureza. A este, as falésias  parecem assumir as proporções de uma gigantesca e intransponível muralha, a oeste o mar, límpido, esbate-se sobre a areia vulcânica. Assim é a Praia de Nossa Senhora de Encarnação, o primeiro porto natural da ilha, lugar de desembarque de escravos e de partida dos contratados para São Tomé, hoje, apenas praia sazonal de pescadores e recanto de uns poucos privilegiados.
Estendendo-se por quase um quilometro e mais de 150 metros de largura, é também lugar de desova das tartarugas e de frequência habitual de várias espécies de aves marinhas cuja nidificação ocorre nos ilhéus defronte. Basta um simples contornar no sentido norte, para que do alto das suas falésias, a Cidade de São Filipe se aviste, debruçando-se sobre a Praia de Fonte Bila de idêntica beleza que conjuga, na perfeição com a imponência dos sobrados que lhe é sobranceira. Delimitada por duas ribeiras – Trindade ao Norte e São João, ao Sul – é também lugar de culto das principais “Bandeiras de Santo” que para ali convergem para rituais diversos, em particular, o “Canizade”.
Lugar cheio de histórias, lendas e crenças é por tudo isso uma das referências culturais da cidade e da própria ilha.

Gruta da Fonte do Monte Inhuco

Situada a 14 quilómetros da Cidade de São Filipe, no centro da Ilha, será esta, porventura a mais desconhecida das maravilhas naturais da ilha do Fogo. No sopé do Monte Inhuco, junto a um “chupadeiro” (pequena nascente) que se alimenta das suas entranhas. Abre-se uma entrada de 1 metro de altura por outro tanto de largo, para uma ampla abóbada e longuíssimo corredor subterrâneo que mergulha fundo no coração da ilha, por mais de 250 metros, não se sabendo exactamente o seu término, posto que ainda ninguém ousou propor-se a tal aventura.
As paredes brilham e cheio de humidade. Ouve-se o gotejar da água e uma corrente de ar frio nos invade à medida que se desce ao antigo e gigantesco canal, por onde ascendeu a lava.  

Monte Preto

O Monte Preto, situado entre as localidades de Ribeira Filipe e Campanas de Cima, na parte alta da zona norte, a mais de 700m de altitude, é um magnífico e extinto cone vulcânico cuja intensa actividade, deu origem à escoada de lava que, descendo por vários quilómetros, se espalhou por toda a encosta noroeste da ilha, até chegar ao mar para, ali, dar lugar à formação do belíssimo complexo rochoso de Salina, bem como as praias de “António Afonso” e “Sôpra”.
A sua imponência domina o espaço circundante, proporcionando-se, do seu cume, uma belíssima panorâmica das zonas limítrofes, sobretudo Galinheiro, São Jorge e Campanas Baixo. Livro aberto do ponto de vista geológico, permitindo observar os mais diversos tipos de materiais e formações aluviais vulcânicas, o Monte Preto também é um privilegiado espaço de algumas das mais importantes espécies endémicas vegetais da ilha do Fogo.

Salinas de São Jorge

Quase a 18 km da Cidade de São Filipe, a muito curta distância da povoação de São Jorge, quase sendo o seu prolongamento, encontra-se o magnífico e único complexo rochoso e balnear de Salinas. 
Por um lado, o vulcão Monte Preto cuja escoada lávica invadiu o espaço reservado ao mar só se detendo centenas de metros adentro; por outro lado, o mar e o vento que, numa acção conjugada e não menos incessante labor de milénios, fizeram surgir, pontes, abobadas, arcos caprichosos, tuneis e canais, num labirinto fascinante inexplicável na sua beleza. Lugar de convergência e de convívio, espaço de inspiração literária e musical, também lugar de festa popular que anualmente, a 18 de Maio ali se realiza, ponto turístico obrigatório e, finalmente, praia piscatória. Salina é indubitavelmente um dos monumentos naturais mais conhecidos da ilha do vulcão.

Ribeira Inferno

No limite norte do Concelho de São Filipe que concomitantemente é a parte mais alcantilada da ilha, depara-se com o desfiladeiro longo, desde a serra até ao mar, por vários quilómetros e, por vezes, mais de centena de metros de profundidade, por outros tantos de largura, escavado, durante milénios, pela força irresistível das águas pluviais, assumindo-se por séculos como intransponível muralha às estradas do progresso. Nas suas vertentes, verdes durante todo o ano, revela-se, exuberante, toda a flora endémica e, não só, da ilha. 
Por entre a vegetação galinhas do mato e lagartos, por vezes, estes últimos, de razoável porte. Autentica demonstração de equilíbrio ecológico, impõe-se a sua classificação como área protegida.

Falésia N. Senhora do Socorro

Reza a lenda que foi ali, num buraco da falésia, que uns pescadores encontraram, há quase três seculos, a imagem da Virgem Maria que, transportada para a Igreja Matriz, teimava em reaparecer no mesmo lugar. Tal é a justificação para o culto da Santa, cuja romaria no dia 5 de Agosto é a maior da ilha e uma das maiores de Cabo Verde. A falésia, de mais de cem metros de altura, que cai a pique sobre a pequena língua de areia e pedras e a nascente de agua doce que avança pelo mar adentro, emprestando-lhe uma particular coloração, é um monumento de esmagadora imponência reflectindo toda convulsão magmática que fez surgir a ilha das entranhas do oceano.
Descer a falésia até se chegar a nascente é um desafio fascinante e não menos recompensador, pois pode-se ficar a conhecer, ainda quase na sua forma original, a nascente que durante quase todo o período colonial abasteceu boa parte da zona sul da ilha.

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