Presidente
Depois das eleições autárquicas de finais do ano 2020 e com a tomada de posse no dia 19 de Novembro de 2020, a atual Câmara passou-se a ser Liderada pelo novo Presidente, o Eng.º Nuías Mendes Barbosa da Silva. É licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade de Aveiro, Mestre em Sistemas de Informação na Universidade Técnica de Lisboa/Instituto Superior da Economia e Gestão (UTL/ISEG) e pós-graduado em Sistemas e Tecnologias de Informação pela mesma instituição. Possui também formação avançada em Gestão, nomeadamente Master Business Administration (MBA) pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Gestão Bancária pela Visa Business School (Londres, Inglaterra) e Instituto de Formação Bancária – IFB (Lisboa, Portugal). Foi certificado desde 2015 como Auditor Interno de Sistemas de Gestão da Segurança da Informação (Norma ISO 27001). Foi professor universitário nas Universidades de Cabo Verde/Escola de Negócios e Governação e Universidade Jean Piaget de Cabo Verde. Na qualidade de técnico e gestor, desempenhou várias funções no setor público e privado, sendo de realçar na SISP/Rede 24, NOSi (Casa do Cidadão), DGAPE bem como as de Administrador Executivo/Não Executivo em várias empresas (CECV, INCV, Inforpress, WeTrust, etc…). A nível politico foi Deputado da Nação, eleito pelo circulo eleitoral do Fogo (2016-2020). Foi Presidente da JPAI – Juventude do PAICV (2009-2012). Foi Presidente da Assembleia Municipal de São Filipe (2008-2012). É Vice-Presidente do PAICV.
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Antigos Presidentes da Câmara Municipal de São Filipe
Em 2016, Jorge Nogueira chegou à presidência pela lista do Movimento para a Democracia (MpD).
Diplomado com o Curso de Investigação Criminal em Lisboa, trabalhou na Procuradoria da República da Praia, foi professor do Ciclo Preparatório da Brava, Procurador da República da Comarca da Brava, Delegado do Governo e o primeiro presidente da Câmara Municipal da Brava, Delegado da EMPA na ilha do Fogo e Deputado Nacional eleito pelo círculo eleitoral do Fogo de 2001 a 2016.
No Parlamento, foi membro da Comissão Especializada dos Assuntos Jurídicos, Direitos Humanos e Comunicação Social, Secretário Executivo Nacional do MpD e em 2016 desempenhava a função de Secretário da Mesa da Assembleia Nacional e vice-presidente do Conselho da Administração da Assembleia Nacional.
Em 2012 a cadeira presidencial foi ocupada por Luís Joaquim Gonçalves Pires, natural da cidade de São Filipe. Bacharel em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses e Licenciado em Organização e Desenvolvimento Curricular, Luís Pires é professor, dirigente desportivo, ativista cultural e é autor de vários textos de investigação cultural, publicados em periódicos nacionais e estrangeiros.
Foi vereador durante quatro mandatos, diretor dos Serviços de Água, Energia e Saneamento, Presidente da Assembleia Municipal de São Filipe, Delegado do Ministério da Educação e Ensino Superior. Presidiu a Câmara durante um mandato de quatro anos, 2012 – 2016.
Eugénio Miranda da Veiga, natural de Relva, município dos Mosteiros, licenciado em Relações Económicas Internacionais, em Bucareste (Roménia), foi o primeiro presidente da Câmara do Fogo, depois de São Filipe com a criação do município dos Mosteiros em finais de 1991. De janeiro a março de 1992, data da posse da Comissão Instaladora dos Mosteiros, foi Presidente de toda a ilha.
Antes de chegar à presidência da Câmara do Fogo/São Filipe, exerceu as funções de funcionário dos Serviços das Finanças, Contribuições e Impostos; Escriturário no Serviço Nacional de Emprego (Lisboa – Portugal) e subdelegado do Procurador da República na Comarca de Santa Catarina de Santiago. Após a formação exerceu as funções de quadro superior na então Secretaria de Estado da Cooperação e do Plano, ocupando-se do sector das relações de cooperação multilateral e foi diretor do gabinete do então Primeiro-Ministro da Primeira República, Pedro Pires.
Eleito em 1992 como Primeiro presidente da Câmara Municipal do Fogo, mas com elevação dos Mosteiros a categoria de Concelho, passou a presidir a Câmara de São Filipe. que incluía o atual território de Santa Catarina do Fogo. Reeleito por quatro vezes: em 1996, 2000, 2004 (maioria absoluta) e 2008 (com maioria relativa), tendo presidido o município durante 20 anos.
Síntese das eleições Autárquicas de São Filipe
Com o advento da Democracia e a implementação do Estado de Direito, e com as eleições pluralistas de 13 de janeiro de 1991, a organização democrática do Estado passou a implicar a existência de autarquias locais, com os titulares dos órgãos (Câmaras e Assembleias) a serem escolhidos diretamente pelos cidadãos/eleitores, para defender os seus interesses e promover o desenvolvimento.
Antes os municípios/ilhas eram administrados pelos chamados delegados de Governo (executivo) e o Conselho Deliberativo (deliberativo), que vieram substituir os administradores do concelho que imperava antes da Independência Nacional.
Assim em dezembro de 1991, realizaram-se as primeiras eleições autárquicas em Cabo Verde, culminando o ciclo iniciado em janeiro, com as legislativas e fevereiro com as presidenciais, mas a tomada de posse dos titulares dos órgãos autárquicos aconteceu em janeiro de 1992.
Aquando das primeiras eleições autárquicas a ilha do Fogo representava um único concelho e na altura os órgãos autárquicos, executivo (Câmara Municipal) era constituído por nove elementos (presidente e oito vereadores) e o deliberativo (Assembleia Municipal) por 21 eleitos municipais. Com o surgimento dos municípios dos Mosteiros, primeiro, e de Santa Catarina do Fogo, depois a Câmara de São Filipe passou a ter sete membros e a Assembleia 17 eleitos.
Para as primeiras eleições autárquicas, a nível da ilha, concorreram o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e o Grupo Independente Pa Frente Djarfogo (PFD), liderados, respetivamente por, Eugénio Veiga e João do Rosário (Câmara).
Na altura a ilha toda contava com 16.058 eleitores inscritos nos cadernos eleitorais, tendo exercido o direito de votos 12.735 eleitores, mais de 79,3%. Destes registaram 183 votos brancos (1,4%) e 406 nulos (3,1%). O PAICV obteve 7.542 votos (59,2%) e PFD um total de 4.604 votos (36,1%), elegendo o PAICV o presidente e os oito vereadores.