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PRAIA DE NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO

A dois quilómetros, aproximadamente, a sudoeste do centro da cidade de São Filipe, encontra- se um areal negro de rara beleza que fascina e envolve qualquer um, não só pela tranquilidade que ali se respira, mas, especialmente, pela comunhão íntima com a natureza.

A Este, as falésias a pique parecem assumir as proporções de uma gigantesca e intransponível muralha. A Oeste o mar, límpido e tranquilo, esbate-se mansamente sobre a areia vulcânica. É este o cartão postal da praia de Nossa Senhora de Encarnação, o primeiro porto natural da ilha, lugar de desembarque de escravos e de partida dos contratados para São Tomé e para outras paragens, como Estados Unidos da América. Nos dias de hoje, é apenas uma praia sazonal de pescadores e recanto de uns poucos privilegiados. Além do velho edifício de conserva de pesca, há muito abandonado, foi edificado nesta praia uma unidade turística, a pensão Tortuga.

Nas proximidades e em terra firme ainda está de pé e a resistir as intemperes do tempo, parte do edifício que foi a capela de Nossa Senhora da Encarnação, uma das primeiras capelas construídas em São Filipe.

Estendendo-se por quase um quilómetro e mais de 150 metros de largura, a praia de Nossa Senhora da Encarnação, é também lugar de desova das tartarugas e de frequência habitual de várias espécies de aves marinhas cuja nidificação ocorre nos ilhéus defronte (Ilhéus Rombos).

Basta um simples contornar no sentido norte, para, do alto das suas falésias, se aviste a Cidade de São Filipe, debruçando-se sobre a praia de Fonte Vila, de idêntica beleza que conjuga, na perfeição com a imponência dos sobrados que lhe é sobranceira. Delimitada por duas ribeiras – Trindade ao Norte e São João, ao Sul – é também lugar de culto das principais bandeiras dos Santos populares que para ali convergem para rituais diversos, em particular, o “Canizade”.

Lugar cheio de histórias, lendas e crenças, é por tudo isso, uma das referências culturais da cidade e da própria ilha.

MONTE PRETO

Monte Preto, situa-se entre Ribeira Filipe e Campanas de Cima, na parte alta da zona norte, a mais de 700 metros de altitude. É um magnífico e extinto cone vulcânico cuja intensa atividade, deu origem à escoada de lava que, descendo por vários quilómetros, se espalhou por toda a encosta noroeste da ilha, até chegar ao mar, para, ali, dar lugar à formação do belíssimo complexo rochoso e a piscina natural de Salina, bem como as praias de António Afonso e Sôpra.

A sua imponência domina o espaço circundante, proporcionando-se, do seu cume, uma belíssima panorâmica das zonas limítrofes, sobretudo Galinheiro, São Jorge e Campanas Baixo. Livro aberto do ponto de vista geológico, permitindo observar os mais diversos tipos de materiais e formações aluviais vulcânicas, o Monte Preto também é um privilegiado espaço de algumas das mais importantes espécies endémicas vegetais da ilha do Fogo.

Monte Preto, situa-se entre Ribeira Filipe e Campanas de Cima, na parte alta da zona norte, a mais de 700 metros de altitude. É um magnífico e extinto cone vulcânico cuja intensa atividade, deu origem à escoada de lava que, descendo por vários quilómetros, se espalhou por toda a encosta noroeste da ilha, até chegar ao mar, para, ali, dar lugar à formação do belíssimo complexo rochoso e a piscina natural de Salina, bem como as praias de António Afonso e Sôpra.

São Jorge

É uma localidade do município de São Filipe, situada na zona central da ilha do Fogo. É uma zona de atração turística, estando nas proximidades a praia da Ponta da Salina e a Estância Balnear de Salinas, cujo processo de requalificação está em curso.

São Lourenço

É uma das duas freguesias do município de São Filipe, a mais setentrional. A freguesia ocupa uma área de 96 quilómetros quadrados e, em 2010, contava com 8.899 habitantes. A sua área coincide com a da Paróquia de São Lourenço, e o feriado religioso é celebrado a 10 de Agosto, dia de São Lourenço.

PRAIA LADRÃO

As melhores nascentes situam-se à beira mar, e, entre as que fornecem água doce, constam as de praia Ladrão, que abastece São Filipe, a do Monte Vermelho, que abastece os Mosteiros, e a de Nossa Senhora do Socorro, que abastece zona centro e sul da ilha.

Existem muitas outras nascentes no litoral cuja água é salobra, devido à contaminação com água do mar.

A nascente da Praia Ladrão encontra-se seca atualmente, pois o caudal da referida nascente foi sendo perdida com execução de dois furos a montante, que estão em exploração permanente, Devido à sua localização, os furos provocaram a diminuição do caudal da nascente por falta de recarga do seu aquífero.

As condições de permeabilidade permitem que a maior parte da água de infiltração, atravesse a massa permeável e escorre subterraneamente em direção ao mar dando origem às nascentes que se observam nas linhas da costa.

Na estação das chuvas as águas escoam-se pelas encostas íngremes, na maior parte descobertas de vegetação e perdem-se no mar. Apesar dos lugares altos registarem precipitações consideráveis, a destruição da vegetação diminui muito a infiltração e o aproveitamento das precipitações ocultas.

As principais são a do Liso da Fonte, na escarpa da Bordeira, e a da Aguadinha, na vertente ocidental da ilha.

PATRIMÓNIO GEOLÓGICO

A inventariação permitiu constatar que a geodiversidade da ilha enfrenta algumas ameaças e que é necessária a implementação de algumas estratégias de geoconservação, consistindo na concretização de uma metodologia que visa sistematizar as tarefas, no âmbito da conservação do património geológico de uma dada área. Estas tarefas devem ser agrupadas nas seguintes etapas sequenciais: inventariação, quantificação, classificação, conservação, valorização, divulgação e finalmente a monitorização.

Quanto a geossítios com potencial interesse turístico, foram identificados nove (9) geossítios distribuídos pela ilha, sendo cinco no município de São Filipe, nomeadamente: Ribeira da Trindade e Monte Barro, Praia de São Filipe, Monte Almada, Ribeira do Pico e Ponta de Salinas e os restantes, nos de Santa Catarina e Mosteiros, como Miradouro do Alto Espigão (Santa catarina) e as Escoadas lávicas do Corvo e Monte Sumbango (Mosteiros).

Foi identificado uma área de interesse geológico, constituída por sete (7) geossítios que coincide com a área abrangida pelo Parque Natural do Fogo (PNF) como Entrada do Parque Nacional do Fogo, Pico do Fogo (vulcão), Serra da Bordeira (parte pertence ao município de São Filipe), Campo de lavas, Caldeira da Chã das Caldeiras, Pico Novo (cone formado na erupção de 1995), Monte Orlando (cone formado na erupção de 1951).

PERCURSO DE AUTOMÓVEL À VOLTA DA ILHA

Para quem cheque à ilha uma boa proposta seria uma volta à ilha, de automóvel, para visitar os geossítios de interesse científico, didático e turístico, oferecendo um contacto visual e direto com as diferentes componentes geológicas da ilha. Este percurso visa salientar a interação entre a componente natural e a população para a qual estas caraterísticas do território constituem por vezes fonte de risco.

Os geossítios inventariados no município de São Filipe são:

Ribeira do Pico – O percurso prossegue até Ribeira do Pico que constitui uma raridade em termos de formações geológicas na ilha. Ao longo da ribeira ocorre um pequeno afloramento da formação geológica mais antiga da ilha que constitui o substrato dos mantos basálticos e piroclastos intercalados. As rochas mais antigas identificam-se facilmente pela sua cor clara e por inúmeros filões que as cortam. No leito da ribeira são encontrados areias e depósitos de enxurrada.

Praia de São Filipe – Nas falésias da praia de São Filipe, observa-se basaltos, que devido a condições particulares do arrefecimento da lava, apresentam uma estrutura em colunas (disjunção prismática colunar). Por vezes, estes basaltos estão intercalados com fragmentos rochosos de diversas dimensões: os piroclastos. Em alguns pontos, os basaltos apresentam uma estrutura resultante da sua alteração que provoca uma escamação da rocha com um aspeto do tipo “casca de cebola” (disjunção esferoidal). Esta alternância de camadas de basalto com piroclastos representa mudanças no tipo de atividade vulcânica (basaltos: atividade efusiva; piroclastos: atividade explosiva). Na praia ocorrem areias negras basálticas evidenciando um intenso processo erosivo do mar.

Monte Almada e Ribeira de Trindade – Este geossítio encontra-se numa antiga pedreira que se encontra desativada no momento. O Monte Almada constitui um cone de piroclastos formado antes da formação da caldeira e apresenta piroclastos intercalados com basaltos em disjunção colunar e esferoidal. A disposição das colunas de basalto sugere que estas rochas se tenham formado por arrefecimento de uma escoada de lava que preencheu um antigo vale.

Ponta de Salinas – Segue-se para o NO da ilha até Ponta de Salinas onde se pode observar alternâncias de escoadas de lavas muito antigas, erodidas pelo mar e com aspeto esverdeado com basaltos em disjunção colunar. As rochas deste local apresentam uma elevada quantidade em olivina: um mineral de cor esverdeada que também se pode observar facilmente na areia e cascalhos da praia deste geossítio. É ainda possível observar túneis lávicos por onde circularam, no passado, as escoadas.

Vales de ribeiras – Ribeira de Caiada – Continuando o percurso para Sul e ao longo da estrada, pode-se contemplar magníficos vales de ribeiras profundamente escavados pelas águas das enxurradas. A Ribeira de Caiada é um exemplo, e com aspeto particularmente interessante. As ocasionais chuvas que caem na ilha escorrem ao longo da superfície, dando origem a violentas enxurradas com efeitos destrutivos assinaláveis, por vezes, provocando o corte da estrada. Estes vales relativamente sinuosos são típicos deste tipo de fenómeno violento, mas de curta duração.

Bordeira – Ao longo de todo o percurso a observação da Bordeira é uma constante. Com efeito, a caldeira é circundada por uma extensa parede, que pode atingir altitudes da ordem dos 1.000 metros, localmente conhecida como Bordeira, que constitui um semicírculo, pois a mesma encontra-se aberta no lado Leste. A ausência da parte leste da Bordeira é atribuída a um grande escorregamento, por ação da gravidade, que terá deslocado estes materiais em direção ao mar. Na parte interior da “Bordeira”, observam-se inúmeros filões que, em alguns casos, são correlacionáveis com cones adventícios no seu exterior. A Bordeira corresponde à estrutura de um antigo edifício vulcânico que teria existido antes da formação da caldeira e antes da formação do atual vulcão, Pico do Fogo.

Rua 4 de Setembro C.P. 19
São Filipe, Cabo Verde

Horário de funcionamento:
Seg a Sex: das 8h às 16h
NIF: 351765557

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